Me desculpe por ter te escrito. Me desculpe por ter te ligado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu mentir e me esconder de meus próprios amigos para ficar com você. Me desculpe por aceitar sair contigo e ficar doente por culpa daquela chuva. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por atender suas ligações de madrugada e acreditar em tudo que me dizia aos sussurros. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por rir e gostar de andar de mãos dadas com você. Me desculpe por todos os beijos, por sentir tanto carinho e desejo por você. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por desejar alguma intensidade. Me desculpe por desejar. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por ser amiga da sua nova namorada e me desculpe por não ser o que você quer.
Me desculpe por, em algum momento, eu ter te amado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te achado bonito. Me desculpe por, em algum momento, eu ter me achado bonita. Me desculpe por eu ter voz
Me desculpe por te colocar na parede e fazer você se decidir. Me desculpe por esperar por uma resposta mesmo que negativa de você. Me desculpe por confessar meus sentimentos e ter aparecido na sua vida. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por crer que você me escolheria e realmente realizaria todos os planos que dizia querer cumprir. Me desculpe por sonhar com esses planos. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe pelo atrevimento de supor que eu merecia o que de bom aconteceu. Me desculpe por eu ter voz.
Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você, afinal, porcos não reconhecem pérolas.
(adaptado do texto de Stella Florence)
http://papeltinteiroedesatinos.wordpress.com/2011/06/23/uma-carta-de-desamor-stella-florence/
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