"Eles se amavam aqueles dois e isso já era lindo em si, mas eles se amavam contra a proibição de ler e isso era ainda melhor. Eles se amavam contra pai e mãe, se amavam contra o dever de Bases Biológicas não terminado, contra a dissertação de Epistemologia a preparar, contra o quarto por arrumar, eles se amavam em vez de irem para a mesa, eles se preferiam a partida de futebol, ou assistir a tv. Se tinham escolhido e se preferiam a tudo mais... Ah, meu Deus, o belo amor! E como o romance era curto..."
Levemente adaptado do texto de Daniel Pennac.
Mais que palavras no papel. É a liberdade incondicional de criar outros mundos; inventar tempos; viver personagens; provocar a fantasia e abraçar a partilha da escrita. Patricia Paisana Martins.
29.7.11
3.7.11
P.
São quase 6 da manhã e o barulho das turbinas e dos passos dos comissários andando de um lado pro outro não me permitem dormir, além do fato da cadeira não ser nada confortável...
Viro e olho através da janela do passageiro vizinho um sol magnífico que nasce junto com a lembrança da nossa despedida e um sorriso se abre no meu rosto sonolento.
Meus olhos se fecham e sonho acordada com você. Nas areias de Copacabana nós assistimos à maravilha que é o nascer do sol e somos nós mesmos. Falamos sobre o próximo FlaxFlu deitados em nossas esteiras... Na minha cabeça até tem trilha sonora... Aquela música do Erick Rubin, que estava grudada em minha mente agora só me faz lembrar de você, que fala apaixonadamente sobre qualquer coisa, mas eu não estou prestando atenção porque nesse momento eu só consigo reparar nos seus olhos e nas nossas mãos entrelaçadas e como eu nunca havia reparado o coração batendo forte e nem o frio na barriga que aquilo me causava.
Eu pensava enquanto você tentava dar forma às nuvens que eu tinha medo de estar confundindo tudo e sem querer acabar machucando nós dois.
Mas não... Não era confusão...
O sol crescia junto com meu sorriso e a minha coragem pra escrever o que eu sinto nesse momento.
Não, eu não esperava, mas que momento intenso vivemos naquele dia.Você não reparou mas eu só conseguia pensar que talvez o que eu tanto procurava estava o tempo todo ali, de braços abertos para aconchegar o meu abraço apertado de tanta saudade e amor.
De repente depois de vê-lo partir tudo ficou claro, como o céu tão azul do Rio de Janeiro no meu devaneio.
E a minha vontade era de cuidar de você e ter você sempre ao meu lado, te levar na minha mala e deixar o que era imaginação se tornar real.
E eu não acho as palavras pra descrever como eu estou agora, querendo ouvir sua voz e esquecer do tempo, do mundo.
Você é como o lindo nascer do sol, que ilumina tudo e hipnotiza, encanta.
Você é o meu nascer de sol, crucial pra me livrar da confusão e me mostrar o que eu não percebia.
Viro e olho através da janela do passageiro vizinho um sol magnífico que nasce junto com a lembrança da nossa despedida e um sorriso se abre no meu rosto sonolento.
Meus olhos se fecham e sonho acordada com você. Nas areias de Copacabana nós assistimos à maravilha que é o nascer do sol e somos nós mesmos. Falamos sobre o próximo FlaxFlu deitados em nossas esteiras... Na minha cabeça até tem trilha sonora... Aquela música do Erick Rubin, que estava grudada em minha mente agora só me faz lembrar de você, que fala apaixonadamente sobre qualquer coisa, mas eu não estou prestando atenção porque nesse momento eu só consigo reparar nos seus olhos e nas nossas mãos entrelaçadas e como eu nunca havia reparado o coração batendo forte e nem o frio na barriga que aquilo me causava.
Eu pensava enquanto você tentava dar forma às nuvens que eu tinha medo de estar confundindo tudo e sem querer acabar machucando nós dois.
Mas não... Não era confusão...
O sol crescia junto com meu sorriso e a minha coragem pra escrever o que eu sinto nesse momento.
Não, eu não esperava, mas que momento intenso vivemos naquele dia.Você não reparou mas eu só conseguia pensar que talvez o que eu tanto procurava estava o tempo todo ali, de braços abertos para aconchegar o meu abraço apertado de tanta saudade e amor.
De repente depois de vê-lo partir tudo ficou claro, como o céu tão azul do Rio de Janeiro no meu devaneio.
E a minha vontade era de cuidar de você e ter você sempre ao meu lado, te levar na minha mala e deixar o que era imaginação se tornar real.
E eu não acho as palavras pra descrever como eu estou agora, querendo ouvir sua voz e esquecer do tempo, do mundo.
Você é como o lindo nascer do sol, que ilumina tudo e hipnotiza, encanta.
Você é o meu nascer de sol, crucial pra me livrar da confusão e me mostrar o que eu não percebia.
"...Se que tengo mucho que aprender de los dos
Porque sin ti ya no respiro
En las noches tengo frío
Necesito la otra parte de mi ser
Lo mejor de mi pasado, mi presente y mi futuro
Mi razón para sobrevivir
Para vivir..."
P.S: Eu te amo.
24.6.11
uma carta de desamor
Me desculpe por ter te escrito. Me desculpe por ter te ligado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu mentir e me esconder de meus próprios amigos para ficar com você. Me desculpe por aceitar sair contigo e ficar doente por culpa daquela chuva. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por atender suas ligações de madrugada e acreditar em tudo que me dizia aos sussurros. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por rir e gostar de andar de mãos dadas com você. Me desculpe por todos os beijos, por sentir tanto carinho e desejo por você. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por desejar alguma intensidade. Me desculpe por desejar. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por ser amiga da sua nova namorada e me desculpe por não ser o que você quer.
Me desculpe por, em algum momento, eu ter te amado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te achado bonito. Me desculpe por, em algum momento, eu ter me achado bonita. Me desculpe por eu ter voz
Me desculpe por te colocar na parede e fazer você se decidir. Me desculpe por esperar por uma resposta mesmo que negativa de você. Me desculpe por confessar meus sentimentos e ter aparecido na sua vida. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por crer que você me escolheria e realmente realizaria todos os planos que dizia querer cumprir. Me desculpe por sonhar com esses planos. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe pelo atrevimento de supor que eu merecia o que de bom aconteceu. Me desculpe por eu ter voz.
Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você, afinal, porcos não reconhecem pérolas.
(adaptado do texto de Stella Florence)
http://papeltinteiroedesatinos.wordpress.com/2011/06/23/uma-carta-de-desamor-stella-florence/
Me desculpe por eu mentir e me esconder de meus próprios amigos para ficar com você. Me desculpe por aceitar sair contigo e ficar doente por culpa daquela chuva. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por atender suas ligações de madrugada e acreditar em tudo que me dizia aos sussurros. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por rir e gostar de andar de mãos dadas com você. Me desculpe por todos os beijos, por sentir tanto carinho e desejo por você. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por desejar alguma intensidade. Me desculpe por desejar. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por ser amiga da sua nova namorada e me desculpe por não ser o que você quer.
Me desculpe por, em algum momento, eu ter te amado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te achado bonito. Me desculpe por, em algum momento, eu ter me achado bonita. Me desculpe por eu ter voz
Me desculpe por te colocar na parede e fazer você se decidir. Me desculpe por esperar por uma resposta mesmo que negativa de você. Me desculpe por confessar meus sentimentos e ter aparecido na sua vida. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por crer que você me escolheria e realmente realizaria todos os planos que dizia querer cumprir. Me desculpe por sonhar com esses planos. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe pelo atrevimento de supor que eu merecia o que de bom aconteceu. Me desculpe por eu ter voz.
Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você, afinal, porcos não reconhecem pérolas.
(adaptado do texto de Stella Florence)
http://papeltinteiroedesatinos.wordpress.com/2011/06/23/uma-carta-de-desamor-stella-florence/
14.6.11
coisas que antes me faziam chorar hoje me fazem rir, e coisas que me fazem bem às vezes me fazem sofrer um pouco.
quanto paradoxo, quantas dúvidas.
a chuva engrossa, eu acordo, mas a inspiração ainda não veio.
meus pensamentos estão nas minhas adoráveis e merecidas férias, e nos olhos claros dele.
espio por um minuto a televisão, que mostra uma matéria bizarra sobre coisas um tanto insignificantes. imploro pela inspiração, preciso escrever, preciso colocar pra fora o que sinto, transformar tudo em palavras que talvez agradem, ou não.
deito no chão do quarto, sentindo os pingos de chuva no rosto. o sorriso volta, e o pesamento vai até a infância, onde tudo era mais fácil. lembro do cheiro de bolo que vinha da cozinha quando minha mãe ainda estava aqui. lembro das cicatrizes no joelho e na cabeça pelo espírito moleque que tinha. a chuva leva meus pensamentos a lugares sem nexo, fantasias esquecidas...
mas não acho a inspiração pra poder dizer o que quero.
vejo as marcas na parede vermelha. sorrio, só eu mesmo pra implorar para minha mãe deixar eu pintar as minhas paredes de vermelho e preto. desde sempre tão teimosa...
dou uma olhada no meu download, ainda lento... e ele também não contribui para eu ter um insight e começar a escrever.
ainda deitada coloco minha mais nova descoberta pra tocar.
ouvindo "the drums" talvez eu comece a escrever alguma coisa que interesse à alguém.
fecho os olhos de novo, cantando o refrão... "don't be a jerk, johnny. don't be so cruel to me..."
a chuva molha meu cabelo e se espalha pelo chão, mas eu não ligo... o frescor leva meus pensamentos ruins e tras somente aqueles que eu quero ter. de repente adormeço e o som continua ligado. o computador descarrega e a tão esperada inspiração não veio.
eu não escrevi nada. mas disse tudo.
14.2.11
N.
Eu me apaixonei.
Pelo sorriso estampado, pelo jeito de vestir o moletom, pelo corpo esguio, mas atraente. Pelas
mãos de aparência macia. Como desejei tocá-las. Como desejei que me tocassem a face. Até pelo jeito de dirigir a moto, seguro, como o homem que é e afoito, como um menino novo. Me apaixonei, sobretudo, pelo olhar. O olhar de olhos verdes penetrante. Que ao encontrarem os meus olhos tímidos causaram um frenesi de emoções. Emoções adormecidas, que a gente pensa que nunca sentiu, ou que nunca mais vai sentir. Me apaixonei pela conversa descontraída, despreocupada, conversa boa, que demora porque nunca falta o que dizer. Me apaixonei pelo nome engraçado, Edmundo, que logo me lembrou Nárnia e suas aventuras, seus aventureiros. Me apaixonei pelo sussurro ao pé do ouvido: “A gente conversa melhor outro dia, hoje eu to preso.” A voz me dando arrepios.
Trocamos meias palavras e muitos olhares, carinho.
E tive que partir, sem saber bem o que havia acontecido e como iria ser depois daquele dia. Não nos encontramos mais, porém a esperança de reencontrá-lo é verdadeira.
Tentar ser feliz não dói.
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