Mais que palavras no papel. É a liberdade incondicional de criar outros mundos; inventar tempos; viver personagens; provocar a fantasia e abraçar a partilha da escrita. Patricia Paisana Martins.
14.2.11
N.
Eu me apaixonei.
Pelo sorriso estampado, pelo jeito de vestir o moletom, pelo corpo esguio, mas atraente. Pelas
mãos de aparência macia. Como desejei tocá-las. Como desejei que me tocassem a face. Até pelo jeito de dirigir a moto, seguro, como o homem que é e afoito, como um menino novo. Me apaixonei, sobretudo, pelo olhar. O olhar de olhos verdes penetrante. Que ao encontrarem os meus olhos tímidos causaram um frenesi de emoções. Emoções adormecidas, que a gente pensa que nunca sentiu, ou que nunca mais vai sentir. Me apaixonei pela conversa descontraída, despreocupada, conversa boa, que demora porque nunca falta o que dizer. Me apaixonei pelo nome engraçado, Edmundo, que logo me lembrou Nárnia e suas aventuras, seus aventureiros. Me apaixonei pelo sussurro ao pé do ouvido: “A gente conversa melhor outro dia, hoje eu to preso.” A voz me dando arrepios.
Trocamos meias palavras e muitos olhares, carinho.
E tive que partir, sem saber bem o que havia acontecido e como iria ser depois daquele dia. Não nos encontramos mais, porém a esperança de reencontrá-lo é verdadeira.
Tentar ser feliz não dói.
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Sim, a paixão quando nos pega, não quer nos largar =/ HUAUHauhsh
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