21.8.10

21.08.10

Eu vejo os carros passarem
Os prédios coloridos em cinza
Vejo o céu nublado e carregado de estática
Eu vejo o suor dos andarilhos anônimos na calçada:
É meio-dia.
Tudo para. O calor sobe à cabeça
Transpiração
Eu vejo o cabelo desgrenhado da
Jovem à minha frente, ela dorme
Fecho os olhos
Ouço a s buzinas e os palavrões do estresse
Ouço uma criança chorar, “mamãe está quente”
Procuro ouvir o silêncio por mim desejado
Meus pensamentos são ofuscados pela impaciência e pelo desconforto.
Espero ter um ato inesperado
Voar por cima dos automóveis parados, pular pela janela e sair correndo,
Passando pelas árvores até alcançar o sossego
Escuto atentamente o gotejar no teto e sinto os pingos escorrendo em meu rosto.
Sorrio. Abro os olhos. Deixo a janela aberta
Sinal verde.
Paz, enfim.

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