Ela estava perdida, sem saber o porque de estar naquela situação. Ingerindo os costumes de outras pessoas, se entregando a um futuro incerto, se doando em vão. Doeu. Doeu por meses e meses até que ela decidiu que aquilo tinha que acabar. Rasgou as roupas antigas, que cheiravam a fumaça de cigarro e lembravam suas noites em claro. Afastou-se daquelas pessoas estranhas, das pessoas frias. E chorou todas as dores sozinha. Sentia-se só.
E então ele apareceu... Não havia cavalo branco, nem perfeição divina em seu corpo, não havia espada e armadura. Ele a salvou com seu amor - mas que clichê. Ele a salvou das noites enfumaçadas e inconscientes, a salvou daquela cama vazia, a salvou de si mesma.
Ele a deu amor, mas amor de verdade. Aquele amor que tanto falam nos contos de fadas e nas novelas. Ele a ensinou a ser ela mesma e a entender o que era entregar-se a alguém.
E ela entendeu que aquilo que vivia antes dele era ilusão, era desamor, era insegurança, que não valia tanto seu esforço. Ela achou seu caminho, ela se curou e não importa mais se o futuro é incerto, não importa se não tem todas as respostas, ela achou um motivo bom demais para deixar de viver como antes. E agora só deseja que ele trilhe ao lado dela para que nunca mais se perca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário