13.6.12

Believe







Eu sou tão transparente, mostro as minhas emoções com facilidade, mas por alguma razão não consigo te dizer as coisas que eu sinto por você. Então eu escrevo, e deixo aqui escondido, não te mostro. Só que eu queria tanto saber te explicar essa coisa, esse aperto, essa agonia, essa felicidade que eu tenho quando a gente fica junto, queria que você soubesse...
Três palavras... elas resumem tudo. Só que é tão difícil de dizer assim, de uma vez, sem medo. Medo... esse é o problema. Não quero te assustar, não quero que você vá embora, mas nunca essas três palavras fizeram tanto sentido. Claro que eu já disse várias outras vezes pra outras pessoas, mas só agora eu parei pra pensar e percebi que eu não sabia o que eu tava dizendo, eu não tinha noção da dimensão, da importância dessas palavras... desse sentimento... 
Eu juro que um dia vou conseguir olhar nos seus olhos e te confessar isso que eu guardo aqui. 
Eu juro que eu vou criar coragem, talvez até pra te mostrar as coisas que eu escrevo pra você. 
Eu juro...
Eu juro que eu te amo...
Eu juro...

10.6.12

T.




desculpa, mas me dá raiva. me dá muita raiva do teu jeito de dedilhar o violão e cantar olhando nos meus olhos, me despindo. dá raiva do teu sorriso tão convidativo e das tuas propostas tão indecentes e descaradas. me dá raiva do jeito tão rebuscado que falas e tua aparência desleixada, mas tão interessante aos meus olhos. argh! e o meu corpo anseia pelo teu e grita pelo teu carinho. juro que não aguento e por isso te evito, te ignoro, digo que não quero te ver, finjo que não ligo se tens outras mulheres...
eu ligo. mas não consigo, tenho que lutar contra isso, não posso me perder em ti. te odeio, te odeio te odeio... mas talvez te ame um pouco também.

9.6.12

Liberté




Ela estava perdida, sem saber o porque de estar naquela situação. Ingerindo os costumes de outras pessoas, se entregando a um futuro incerto, se doando em vão. Doeu. Doeu por meses e meses até que ela decidiu que aquilo tinha que acabar. Rasgou as roupas antigas, que cheiravam a fumaça de cigarro e lembravam suas noites em claro. Afastou-se daquelas pessoas estranhas, das pessoas frias. E chorou todas as dores sozinha. Sentia-se só. 
E então ele apareceu... Não havia cavalo branco, nem perfeição divina em seu corpo, não havia espada e armadura. Ele a salvou com seu amor - mas que clichê. Ele a salvou das noites enfumaçadas e inconscientes, a salvou daquela cama vazia, a salvou de si mesma.
Ele a deu amor, mas amor de verdade. Aquele amor que tanto falam nos contos de fadas e nas novelas. Ele a ensinou a ser ela mesma e a entender o que era entregar-se a alguém.
E ela entendeu que aquilo que vivia antes dele era ilusão, era desamor, era insegurança, que não valia tanto seu esforço. Ela achou seu caminho, ela se curou e não importa mais se o futuro é incerto, não importa se não tem todas as respostas, ela achou um motivo bom demais para deixar de viver como antes. E agora só deseja que ele trilhe ao lado dela para que nunca mais se perca.